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quarta-feira, fevereiro 5, 2025
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Embrapa valida consorciação de soja e forrageira e vê oportunidade para Mato Grosso

Sistema antecipa a formação de pastagens sem prejudicar a produtividade dos grãos

Um sistema de consorciação de soja e forrageira foi validado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), nesta semana. O Antecipasto é voltado para sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), proporcionando uma antecipação na formação das pastagens sem prejudicar a produtividade dos grãos.

Os pesquisadores veem no sistema uma oportunidade para produtores de Mato Grosso e outros estados do país.

Para os pecuaristas, a solução pode amenizar a falta de pasto na estação seca, o atraso no estabelecimento de pastagens e o insucesso na sua formação. Já para os agricultores, é uma possibilidade real para abrir novas áreas com sistemas integrados de produção, assim como aquisição de terras a valores acessíveis e potencial agrícola, além de melhorias nas condições do solo.

“É uma tecnologia que não compromete o rendimento de grãos da soja, intensifica a produção e antecipa a formação de pastagem e o pastejo”, define o pesquisador Luís Armando Zago, da Embrapa Agropecuária Oeste.

O sistema ainda é recomendado para os produtores rurais que já utilizam ILP, nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, e necessitam de produção de forragem na época mais crítica do ano: a estação seca/inverno, para alimentação animal.

Zago explica que entre o fim dos anos 1990 e início dos 2000, a pesquisa buscou o estabelecimento de forrageiras em consórcio com soja, mas a dificuldade imposta pelo porte da soja, semelhante ao das forrageiras, dificultou o avanço nos estudos, dada a perda de produtividade da oleaginosa ao redor de 12% e a dificuldade no controle de plantas daninhas.

Além disso, ele conta que houve outros entraves como a semeadura simultânea da soja e da forrageira, o aumento da profundidade de semeadura da gramínea, a escolha pelos capins Marandu e Xaraés, e a sobressemeadura da forrageira no fim do ciclo da soja.

“Com o Antecipasto essas dificuldades foram superadas com a defasagem na semeadura do capim em relação à soja, além da utilização de forrageiras de menor porte e com crescimento inicial mais lento”, declara o pesquisador. Com a tecnologia, as culturas anuais se estabelecem mais rápido que as forrageiras perenes; desse modo, a capacidade de competição do capim em relação à soja, principal cultura, é minimizada.

Vantagens da adoção do Antecipasto, segundo a Embrapa:

– Aumento do período de pastejo;

– Antecipação da entrada dos animais entre 30 e 60 dias;

– Manutenção da produtividade da soja;

– Redução do número de plantas daninhas durante o ciclo da soja e na pastagem;

– Ampliação da janela de plantio da pastagem;

– Redução do risco de atrasar o estabelecimento do capim por falta de chuva.

(Com informações da assessoria)

Fonte: Midiajur

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