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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Fim do acordo Mercosul-UE? Em revés para Lula, Macron diz ser contra tratado por problemas ambientais

Brasília: Neste sábado (2/12), o Brasil e outros países que defendiam o acordo foram surpreendidos por declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, que se manifestou contra o acordo.

Por mais de duas décadas, Mercosul e União Europeia estiveram negociando um acordo comercial que envolve 31 países, 720 milhões de pessoas e aproximadamente 20% da economia mundial.

E nos últimos meses, diplomatas dos dois blocos intensificaram ainda mais os esforços para finalmente assinar o acordo. A pressa se dá porque a Argentina elegeu um presidente, Javier Milei, que é contra o tratado. Os governos esperavam fechar o acordo em uma cúpula no Rio de Janeiro na próxima semana — poucos dias antes da posse de Milei em Buenos Aires.

Mas neste sábado (2/12), o Brasil e outros países que defendiam o acordo foram surpreendidos por declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, que se manifestou contra o acordo.

Lula e Macron se encontraram minutos antes de o presidente francês fazer declarações contra acordo Mercosul-UE em coletiva de imprensa
Lula e Macron se encontraram minutos antes de o presidente francês fazer declarações contra acordo Mercosul-UE em coletiva de imprensa

Macron disse em entrevista à imprensa em Dubai — onde acontece a conferência do clima da ONU (COP28) — que o acordo é “antiquado” e contraditório com as ambições ambientais de países como o Brasil.

As declarações de Macron foram dadas poucos minutos depois de o francês se encontrar com Lula — e são um forte revés para o presidente brasileiro, um dos principais defensores do tratado. Além disso, Macron acusou o acordo Mercosul-UE de ser prejudicial ao meio ambiente — justamente durante a COP28 em que o Brasil tentava mostrar protagonismo na agenda ecológica.

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