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quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Santa Catarina tem maior prejuízo da indústria brasileira com impacto de R$ 2,6 bi

Os frequentes desastres naturais provocaram prejuízos de R$ 2,6 bilhões na indústria catarinense no acumulado dos últimos 32 anos. A cifra representa 24% do total de impacto no setor nacional e coloca Santa Catarina no topo do ranking. Em seguida aparece o estado do Espírito Santo, que registra metade dos prejuízos de Santa Catarina. Os dados do Atlas Digital de Desastres no Brasil constam em documento da Agenda da Água, programa que será lançado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) nesta terça-feira (7).

O relatório, cujos estudos e proposições a reportagem da Gazeta do Povo teve acesso com exclusividade,  mostra que a cadeia produtiva da indústria foi afetada, principalmente, por alagamentos, chuvas intensas, enxurradas e inundações. Entre os prejuízos contabilizados de 1991 a 2022 estão falta de suprimento de energia a preços competitivos, risco de desabastecimento de água, danos a seus ativos, além do aumento de custos com apólices de seguros. Em todo o Brasil, os impactos na indústria somam quase R$ 11 bilhões.

“Para atenuar essa situação e gerar novas oportunidades, é necessário promover a incorporação do gerenciamento de risco climático no planejamento estratégico das empresas. Esse processo deve se dar pela elaboração de planos empresariais de adaptação à mudança do clima, o que permitirá, à cadeia produtiva da indústria, minimizar as perdas econômicas potenciais, aumentar sua competitividade e desenvolver novos produtos e serviços mais resilientes ao clima”, destaca o relatório da Agenda da Água, que propõe discutir o tema para a construção das diretrizes de uma política de estado visando a gestão sustentável dos recursos hídricos no estado catarinense.

A Fiesc ressalta, ainda, que os impactos na indústria variam de acordo com o setor, a região do país e o porte das empresas. Setores mais sensíveis a essas mudanças são aqueles que dependem mais do uso da água e energia, localizados em regiões geográficas mais expostas, como costeiras e locais sujeitos a inundações ou deslizamentos de terra, e os dependentes de infraestruturas cuja operação e manutenção sejam de responsabilidade de terceiros.

Fonte: Gazeta do Povo

 

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