Ainda não dá para saber todos os tipos de serviço que vão surgir a partir do Drex. Em março, Fábio Araújo, coordenador da iniciativa do real digital no BC, disse em coletiva de imprensa que as soluções serão criadas pelas instituições financeiras. Araújo disse que o BC é responsável por regulamentar a nova ferramenta, mas que o mercado é criativo para implementar novas soluções.
Uma funcionalidade possível é que o Drex seja usado para pagamentos, por meio de carteiras digitais. As carteiras digitais serão custodiadas por instituições financeiras autorizadas pelo BC.
Drex poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento atual. O BC diz que pode ser transformado em depósito bancário convencional ou em real físico, além de poder ser usado em pagamentos do dia a dia.
Dinheiro em papel não vai deixar de existir. O Drex será uma opção ao uso de cédulas e, por ter foco no uso online, não deve ter impacto na circulação de dinheiro em espécie em um primeiro momento, segundo o BC.
Outra possibilidade são os “contratos inteligentes”. Na prática, eles permitem programar pagamentos e transações que podem começar a partir de objetos, como na venda de um carro.
Quais as potenciais aplicações em teste?
Algumas aplicações do real digital foram testadas no Lift Challenge. É uma edição especial de um laboratório de inovação do BC para avaliar possíveis funções da moeda criadas por agentes do mercado. Conheça algumas delas:
O Itaú estudou transferências internacionais de dinheiro. Os testes foram feitos com envios de recursos da tesouraria do Itaú brasileiro para a unidade do banco na Colômbia.
A Visa focou em pequenas e médias empresas, buscando uma forma para que estas companhias tivessem acesso a fundos de investimentos internacionais por meio do real digital.
A Vert, empresa de tecnologia para serviços financeiros, tinha como objetivo oferecer crédito rural via real digital, de forma mais fácil, rápida e com menos etapas.
O Santander propôs uma solução que permite o pagamento de um bem, como um carro ou imóvel, aconteça no mesmo instante em que seu direito de propriedade é transferido para o comprador.
A Febraban apresentou uma solução de entrega de encomendas para o e-commerce por uma rede de armários programáveis baseada na internet das coisas. Na prática, oferece uma solução de logística em que diferentes plataformas de e-commerce poderão ter acesso a pontos seguros de entrega.
Fonte: UOL